É uma deformidade causada por uma anomalia da formação e desenvolvimento muscular, resultando em deformidades, contraturas articulares e deformidades em várias partes do corpo. Ela pode acometer os membros superiores, membros inferiores, ou ambos. A doença aparece esporadicamente, sem que haja uma predisposição genética.
Aqui vamos discutir as deformidades do membro superior. As deformidades podem acometer o ombro, cotovelo, punho e mãos isoladamente ou combinadas.
O ombro está contraturado e a criança não consegue elevar nem abrir o braço. O cotovelo geralmente está esticado e a criança não consegue flexionar. O punho fica contraturado em flexão e os dedos também apresentam contraturas. O polegar está “empalmado” (a criança não consegue esticar o polegar, ficando esse junto da palma.
Embora as crianças se adaptem gradativamente às deformidades e encontrem maneiras de compensá-los, o tratamento cirúrgico pode ajuda-las muito a melhorar a função.
As contraturas do cotovelo podem ser liberadas cirurgicamente e a capacidade de ganhar flexão do cotovelo pode ser ganhada com procedimentos de transferência muscular ou de transplante muscular. Na transferência muscular, um determinado músculo (tríceps ou grande dorsal) é transposto e passa a funcionar fazendo a flexão do cotovelo. No transplante muscular, um músculo (geralmente o grácil) é retirado da coxa e transplantado no braço com microcirurgia. Esses procedimentos têm uma alta taxa de sucesso na recuperação da função do cotovelo.
A contratura do punho pode ser resolvida com um procedimento de fusão articular, em que a articulação do punho é fixada permanentemente em sua posição normal.
A deformidade do polegar pode ser melhorada com procedimento de liberação de contraturas (liberação da primeira comissura) e transferências tendinosas.
Trata-se de uma patologia complexa em que a cirurgia pode trazer grandes benefícios aos pacientes.